31.10.10

não há coincidências

e no dia em que quase lhe disse "tenho demasiadas saudades tuas, faço o que for preciso para ficarmos juntos" foi o dia em que tudo o resto encaixou. foi uma tarde divertida, uma noite improvável, uma madrugada adorável. sem ele. e, apesar de tudo isso, dava o meu dedo pequenino do pé direito para não ter razão sobre a minha suspeita de ele estar com ela. mas tinha.

30.10.10

em inglês não dá para disfarçar

"do you have a broken heart?"

28.10.10

deve ser isso, tenho levantado demasiado a cabeça ;)

adoro dizeres populares

e o que me ocorre neste momento é "já a formiga tem catarro"...

tourist for a day





26.10.10

tenho uma grande dificuldade em deitar coisas ao lixo

11.03.2010

i like yellow jello

é engraçado

hoje pela primeira vez em muito tempo estou genuinamente feliz. daquele género de sorrir para dentro e cantar as músicas que passam na rádio.
e é pela felicidade de outra pessoa.
pode ser que me contagie.

estou indecisa

ou os meus vizinhos estão a mandar a queca do ano ou a driblar uma bola de basquetebol.

25.10.10

lucky luke style

neste momento preciso que a minha vida seja um bocadinho menos "liceu", um bocadinho menos "preciso destas pessoas como de ar para respirar". tenho passado tempo sozinha e sabe-me bem. pelo menos por agora.


one man guy - rufus wainwright
[gosto mais da versão de estúdio, mas não a encontrei]

24.10.10

ce soir

f*d@-se!

quando a minha vida neste momento se resume a trabalho e pouco mais, o que dizer quando um turno de 18 horas corre mal com'ó caralho?...

22.10.10

you're so vain

You walked into the party
Like you were walking onto a yacht
Your hat strategically dipped below one eye
Your scarf it was apricot
You had one eye in the mirror
As you watched yourself gavotte
And all the girls dreamed that they'd be your partner
They'd be your partner, and

You're so vain
You probably think this song is about you
You're so vain
I'll bet you think this song is about you
Don't you? Don't you?

You had me several years ago
When I was still quite naive
Well, you said that we made such a pretty pair
And that you would never leave
But you gave away the things you loved
And one of them was me


You're so vain - Carly Simon

roubado daqui

já que não saio...


é sexta-feira

e eu estou demasiado cansada para ir ao festival do cinema francês, provavelmente demasiado cansada para aguentar até à hora que a malta sai de lá para beber um copo.
estou até demasiado cansada para ir buscar a sopa que está a aquecer no microondas.
triste vida a minha.

21.10.10

quem tem tempo, escreve

quem não tem, cita.

ainda não tenho 30 mas sinto-me um bocadinho assim:

Ter 30 anos é fixe. Apesar de me esquecer muitas vezes que já os fiz, a verdade é que os tenho e gosto disso. Não queria ser adolescente outra vez, nem que me pagassem, nem queria estar nos 20 porque não é tão fixe como estar nos 30. A verdade é que temos uma herança gira, um histórico fofinho de brincadeiras na rua, televisão só com dois canais e séries óptimas, desenhos animados divertidos, a Rua Sésamo, pão com marmelada e avós a tomar conta de nós. E por isso é que somos também uma geração com tanta nostalgia e saudades do que já foi. Venham daí os Sanjo, os cromos, a cola cisne, as bombocas e os relógios casio digitais. Somos meninos e meninas que começaram a sair à noite aos 16 e não aos 12, 13 e 14, como agora se faz. Somos da altura em que ainda existiam algumas, ainda que poucas, tribos urbanas. Betos, surfistas, freaks, grunges, góticos e nem uma coisa nem outra. Dificilmente seríamos tão iguais uns aos outros como hoje. Somos meninos que aos 11, 12 e afins não tínhamos qualquer preocupação com a moda e vestíamos o que houvesse porque isso não era assim tão importante. Quanto muito queríamos roupas da Cenoura (eu quis) porque os Ministars usavam. O sexo não era tabu mas também não era uma conversa a ter a cada encontro com os amigos, não era banalizado e os namoros eram mesmo importantes e tenho pena que os miúdos de hoje já sejam tão cínicos no que toca ao amor. Sabemos assobiar o "Verão Azul" e cantar o genérico do "Tom Sawyer". Lembramo-nos da Madonna porcalhona e tão fixe que costumava ser. Quão fixe é sermos do tempo em que o Twix se chamava Raider? Somos mais infantis do que os nossos pais, duma forma boa e queremos ser felizes mais do que qualquer outra coisa, por muito estranho que isso ainda soe às gerações mais velhas. Somos novos até mais tarde e aos 30 somos mesmo novos mas com uma bagagem de uma série de coisas que já não existem e que nos fazem sentir priveligados e às vezes arrogantemente especiais. E esquecendo o facto de nos sentirmos defraudados de vez em quando - o futuro não está a ser assim tão brilhante quanto nos prometeram e não basta tirar um curso para ter sucesso - estar nos 30 é fixe. Muito fixe.


by Leididi

leituras

ando desde os 15 anos para ler pedro paixão. este excerto explicou-me porquê.


O sofrimento pode ter sentido, transformar-nos por dentro. É preciso paciência. Porque o tempo parece nunca mais acabar e somos projectados para um ponto muito longe do convívio entre os humanos. Faz parte do sofrimento deturpar as coisas, vê-las através de lentes tão fortes que facilmente entontecemos, nos desequilibramos, caímos. Temos medo de tudo, de nós mesmos. A simples superfície das coisas nos agride. Somos assaltados por demónios que nos roem a alma. É um tormento em que nos atormentamos. É preciso ter paciência e o mais das vezes não a temos. A violência da vida bate-nos em cheio. Procuramos abrigos e todos cedem e nenhum é suficiente. Recordamos a paz que perdemos como o bem mais precioso, ignoramos o caminho que nos traga de volta a nós próprios. Falta-nos a coragem, mas para ela nem encontramos motivo. O mundo todo é um mal-entendido que aguardamos que se resolva ou estoire e enquanto nada acontece sofremos. Agarramo-nos a coisas que se nos escapam entre os dedos. Só a morte está por todo o lado desperta, cerca-nos, olha-nos com os olhos muito abertos, mete medo. Fechamos os olhos, mordemos os lábios, fugimos para debaixo da cama e não há maneira. O amor é uma coisa tão distante, tão impossível. Vivemos, momento a momento, uma solidão que nos aperta a garganta, faz de nós o que quer. Uma música, uma palavra, uma folha caída e é o suficiente para nos trazer uma irremediável precisão de chorar. E quando choramos não sabemos bem porque o fazemos, é só a tristeza a tomar conta de nós. O sofrimento pode ter sentido, transformar-nos por dentro. Meu Deus, fazei que assim seja. Dai-nos a paciência e uma pequena esperança. Ajudai-nos a aceitar quem somos. Salvai-nos da confusão. Obrigai-nos a prosseguir, porque ignoramos.

[Pedro Paixão, in Amor Portátil]

roubado daqui

20.10.10

chamem-me mau feitio, chamem-me o que quiserem

conselho de amiga: se me fizerem esperar 45 minutos sozinha num restaurante no vosso dia de aniversário, não esperem o "parabéns" mais efusivo e bem disposto do mundo. e não tenham a lata de me acusar de estar mal-disposta.
não vim embora, mas devia ter vindo.

i just don't have it in me

eu sabia que a depressão profunda, tal como os 51kg, era sol de pouca dura. dizem que o amor engorda - pois, o amor-próprio também.

19.10.10

a noite de hoje

17.10.10

afinal ele não apareceu

bolas, e eu que estava tão gira.

16.10.10

don juan, again

hoje, ao contrário do que é habitual em mim, vou apontar para chegar atrasada a um jantar. porque de todas as pessoas que vão lá estar, só uma é tão pontual como eu. e é justamente com essa pessoa que eu não quero ser apanhada sozinha.

da pontuação

quando era mai nova era uma moça de pontos de exclamação. usava e abusava. ou de reticências, assim como quem não tem a certeza, ou quer deixar em aberto a hipótese de mudar de opinião.
hoje em dia sou mais uma moça de pontos finais. são mais ponderados e decididos. e não distraem do verdadeiro sentido da frase. é o que é.
a cedência máxima é um ponto e vírgula.

acordei com esta na cabeça

é daquelas que apetece ouvir no carro com o volume bem alto, as mãos no volante e a cabecinha a abanar.
um guilty pleasure portanto.

15.10.10

é como tudo na vida

nunca tive muito jeito para estacionar. lembro-me que no exame de condução dei três ou quatro voltas ao volante , já não sabia muito bem para onde me virar e o meu instrutor já deitava as mãos à cabeça, mas a verdade é que à segunda o carro ficou perfeitamente estacionado. o examinador até me perguntou "não sabe muito bem como é que fez isto, pois não?"
e geralmente, tirando raros dias em que estou inspirada (ou concentrada..?) os meus estacionamentos são assim: perco-me, dou voltas desnecessárias, mas sem perceber muito bem como o fiz o carro fica no sítio, o estacionamento perfeito.

14.10.10

official gleek



MR. SCHUE: guys, I don't want to be a buzz kill... but the assignment was "hello"!
RACHEL: I'm sorry, I was just focusing on the first syllable...

[esta vai direitinha para o podcast do fim-de-semana!]

eu gosto de voltar aonde já fui feliz

tenho sonhado com NY e londres. todas as noites, uma ou outra.
e começo a ficar com comichão no passaporte.

13.10.10

haja (falta de) imaginação

eu gosto do nuno prata, mas a letra do novo single é qualquer coisa de inacreditável: "vamos repetir este estúpido refrão até se transformar numa canção"? a sério?

[não tenho a certeza se é exactamente assim, mas não encontrei a letra na net...]

11.10.10

dica aos senhores que fazem compota de amora selvagem:

amoras inteiras é bom. amoras com caule é mau.

a música do fim-de-semana

Eu vou
Voltar a ser
Tudo o que eu já fui um dia
Tudo o que eu já queria ser
Antes de te querer

Eu vou
Voltar a ver
O lado bom das pessoas
As suas coisas boas
Antes de entristecer

Mais vale somar paixão
Somar desilusão
Até tudo nos doer
Porque eu vou
Voltar a ser
Tudo o que eu já fui um dia
Tudo o que eu já queria ser
Antes de te querer

Eu sei
Que vou voltar
Ao coração por um fio
Porque é do meu feitio
Nem sei como mudar

Mais vale somar paixão
Somar desilusão
Até tudo nos doer
Porque eu vou
Voltar a ser
Tudo o que eu já fui um dia
Tudo o que eu já queria ser
Antes de te querer

Porque eu vou
Voltar a ser
Tudo o que eu já fui um dia
Tudo o que eu já queria ser
Antes de te perder

Voltar a ser - Carminho (música e letra: João Monge)



infinitamente melhor ao vivo!!

foi diferente

ontem ele passou-me ao lado. ontem o importante foi o abraço sentido dos amigos que são dele e que, durante algum tempo, foram também meus. que saudades...

10.10.10

RIFÃO QUOTIDIANO (ou não vou ser uma nêspera)

uma nêspera estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia

chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a

é o que acontece
às nêsperas

que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

Mário Henrique Leiria - Contos do Gin tónico

9.10.10

hoje é o dia

um dia vou ter o google reader cheinho de itens por ler e vou desligar o computador e sair de casa porque está sol lá fora.
these boots are made for walking... legendary tigerman style! ;)

8.10.10

podcast para o fim-de-semana

fico à espera dos resultados desta sondagem. é que estive a ver a minha lista e não encontrei uminha que se adequasse...

tão verdade (post encomendado)

"Outra enormidade actual é a ideia de que dois seres apaixonados podem ser "amigos". Isto é como querer que um vulcão sirva também para aquecer um tacho de sopa. Ofende tanto a amizade – ou o fogão – como o amor – e o vulcão. Ser amigo é querer o bem de alguém. Amar é querer alguém, e acabou. Se for a bem, melhor. Se for a mal é porque teve de ser. Um vulcão só irrompe de quando em quando, e às vezes uma única vez. Como o amor. E o fogão dura quase toda a vida, como a amizade. Não haja confusão."

Miguel Esteves Cardoso
roubado daqui

que bela forma de começar o dia

tenho a casa cheia de trolhas. e eu de pijama.

não há coincidências

no álbum da senhora, esta música vem depois daquela.

I was staring at the sky
Just looking for a star
To pray on, or wish on
Or something like that

I was having a sweet fix
Of a daydream of a boy
Whose reality I knew
Was a hopeless to be had

But then the dove of hope began its downward slope
And I believed for a moment that my chances were
Approaching to be grabbed
But as it came down near, so did a weary tear
I thought it was a bird, but it was just a paper bag

Hunger hurts, and I want him so bad, oh it kills
'Cause I know I'm a mess he don't wanna clean up
I got to fold 'cause these hands are too shaky to hold
Hunger hurts, but starving works, when it costs too much to love

And I went crazy again today, looking for a strand to climb
Looking for a little hope
Baby said he couldn't stay, wouldn't put his lips to mine,
And a fail to kiss is a fail to cope

And I said, "Honey, I don't feel so good, don't feel justified
Come on put a little love here in my void"
He said, "It's all in your head"
And I said, "So's everything'" but he didn't get it
I thought he was a man but he was just a little boy

Paper Bag - Fiona Apple

7.10.10

das decisões certas

hoje ouvi a história (do fim) de um amor. uma história da qual eu poderia ter feito parte - como 3ª pessoa. da qual escolhi distanciar-me, porque não concordava com os meios, porque o final me parecia longe do ideal.
se não me tivesse distanciado, possivelmente não estaria agora de coração partido. mas estaria de consciência amachucada. como eu duvido que agora a tal 3ª pessoa  (outra 3ª pessoa, que não fugiu) esteja.

porra para o outono

tinha grandes planos para hoje. que incluiam um fantástico date comigo mesma, em que planeava levar-me ao concerto de peixe:avião e oferecer-me um gin tónico (dos bons, ia cometer uma extravagância e pedir um bombay saphire!)
com o temporal que faz lá fora, acho que vou ter de me contentar com uma manta e um DVD...

preto no branco

há factos que só quando os expomos assim todos de seguida fazem sentido. mostram o ridículo de sofrermos por alguém que claramente não o merece.
recapitular seis meses de incoerência ajudou. chegar a casa e ver que ele escreveu no FB que anda à procura daquilo que me disse que tinha encontrado em mim também.

triste vida social a minha

só ponho a minha casa num brinco porque o senhorio vem cá.

5.10.10

trabalhos forçados

a noite de ontem foi arrancada a ferros. em todos os sentidos.
foi forçar o jantar pela goela abaixo que o estupor não queria descer. foi empurrar as lágrimas para dentro quando ouvi "estás a ser tão forte..." quando me sinto a pessoa mais fraca à face da terra. foi engolir o orgulho quando mais uma vez o encontrei nos nossos lugares. foi convencer a amiga (obrigada g.!) a ir dançar porque precisava de voltar àquele lugar onde tantas e tantas vezes fui com ele. foi impedir-me de o procurar.
não falhei. mas voltar a ser feliz não devia ser tão difícil.

não era suposto doer assim

não te quero, não quero que descubras que ainda me queres. só quero sentir que o que vivemos não foi uma mentira. só quero acreditar que quando te dizia "gosto tanto de ti" e tu respondias "eu gosto mais de ti" estavas a ser sincero. mas não está fácil.


Chaga - Ornatos Violeta

4.10.10

adenda ao post anterior

esta semana estou de férias. e quase posso apostar que vou chegar ao próximo domingo sem ter tratado de nenhum destes dois assuntos. haja coerência...

haja saudinha

ontem a fazer contas de cabeça cheguei à conclusão de que perdi o cartão do seguro de saúde há dois anos. e ainda não fui renová-lo.
sim, sou assim tão organizada e metódica. by the way, já acabei de pagar o carro há 3 anos e meio e o registo de propriedade ainda está em nome do banco.

3.10.10

merda para o domingo

não me levem a mal, o dia até correu bem.
mas os ídolos estão a ser uma merda e o google reader continua implacavelmente a dizer-me "sem itens não lidos".

canção segredo

ontem enquanto balançava de fino na mão ao som de foge foge bandido tive o atrevimento de me sentir feliz.
tenho de ter cuidado, que isto é coisa para se repetir...

i'm watching you

diz que ninguém é ninguém na blogosfera até ser plagiado.
qualquer dia começo a receber presentes de marcas e tudo.

2.10.10

canon delicatessen

há uns anos uma amiga de infância criou um blog chamado "canon delicatessen", onde nos brindava com algumas das imagens da sua nova vida construída longe daqui - tiradas com uma canon, pois claro.
agora, meio em jeito de homenagem meio em jeito de plágio, crio eu também essa etiqueta. sem a pressão psicológica de fotos diárias, sem compromisso de qualidade. só porque me apetece.
[nota-se muito que sou maçarica pela forma como seguro na máquina?]

férias

daquelas calmas, sem viagens, sem loucuras, sem gastos extravagantes. uma semana de descanso, passeios com a máquina fotográfica em punho, almoços com amigos, unhas pintadas e cineminha ou filmes caseiros.
paz e sossego. e paz de espírito.

não é justo

o meu dia-a-dia é meu e ele já não entra nem interfere no meu humor.
mas nos sonhos, senhores, nos sonhos ainda é rei e senhor. e nem sequer é o príncipe encantado que me pareceu ser em certos momentos. não, parte-me o coração vezes e vezes sem conta. e acordo mais cansada do que adormeci.

1.10.10

o prometido é devido

aqui está a etiqueta do nojo.. ainda tentei ir colocá-la em posts mais antigos mas comecei a ler coisas que me deprimiram por isso desisti. começo a meter nojo a partir de agora, pode ser?

foi há 2 anos

lembro-me como se fosse ontem

o estado do orçamento 2011

estes tempos de crise são implacáveis para uma rapariga solteira. é que não há orçamento que suporte todo o sushi, cinema, compras e viagens necessários para fazer de mim uma rapariga feliz..