Viver em sociedade é difícil.
Sim, somos animais sociais, mas também somos muito egoístas. Precisamos dos outros, mas porque queremos algo deles. Quanto mais não seja que precisem de nós.
Tenho um grupo de amigas. Somos oito. Oito gajas completamente diferentes, com feitios opostos, ocupações diferentes, estados civis diferentes, necessidades diferentes.
Para mim é óbvio que nas amizades cada qual dá aquilo que quer e pode. Quem quer dar mundos e fundos dá mundos e fundos, quem só pode oferecer um cafezinho de vez em quando faça o favor, quem só aparece quando precisa de desabafar esteja à vontade. Desde que eu tenha liberdade para fazer exactamente o mesmo – e muitas vezes isso significa dar mundos e fundos quando só recebo lamúrias. Não me queixo. Até fico feliz. Afinal, eu gosto de ser precisa. E quando preciso de me lamuriar, sei exactamente com quem quero e posso fazê-lo. E se não me queixo a uma pessoa, não quer dizer que não a considere minha amiga, só quer dizer que não é esse o tipo de relação que temos. E não se pode forçar uma relação que não está lá.
Um grupo de amigos é como uma sociedade. Existem diferentes tipos de relações e, quer se admita quer não, existe uma hierarquia. E, às vezes, existem conflitos. Hoje a NOSSA assembleia da república está em chamas…
Acendemos o cachimbo da paz logo à noite?
1 comentário:
graças a Deus...
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