romance is dead

o romantismo segundo juliette

para que não haja mal entendidos

a beijoca que o marcelo me deu... foi uma respeitosa beijoca na bochecha!!

samba no pé

festival mestiço na casa da música. temos moçambique, temos angola, temos morangos com açúcar.
nada contra. mas eu só vim aqui para ver o marcelo. o meu amigo, que me deu uma grande beijoca a última vez que cá esteve. embora não se lembre de certeza...
e ele não desiludiu! foram duas horas de hip hop com samba, zeca pagodinho, funk carioca e muito braço no ar...

vamo fazer barulho, porra!!

és grande.

é este gato que eu vou ver hoje

balanço do são joão

salada de pimento: deliciosa!
sardinhas: surpreendentemente boas
companhia: ideal
chuva: dispensável mas não catastrófica
caminho: interminável
ressaca: ligeira a média

o jantar - galerias Pompadour
o caminho - rua das flores, largo de são domingos, praça do infante, marginal fora
o bailarico - miragaia
as gentes - os amigos de sempre, os amigos novos, aqueles que nunca vejo
as bebidas - vinho e cerveja, muito!
o regresso a casa - tarde, muito tarde...

balanço final... INCRÍVEL!!

a noite mais longa do ano

santo antónio já se acabou

o são pedro está-se a acabar

são joão, são joão, são joão

dá cá um balão para eu brincar

and now for something completely different

há coisas que pode transformar um domingo de neura e auto-flagelação num dia bem passado:

um banho revigorante
banhos de sol
sangria e minis
matraquilhos
conversa e risos com amigos de sempre e gente nova
uma viagem de carro com música em altos berros
chazinho e horas à conversa com a pessoa que melhor me compreende neste mundo - OBRIGADA MY LOVE!!

ainda não sou eu outra vez... mas para lá caminho!

as sete fases do luto

sinto uma raiva surda que não consigo reprimir.
ontem à noite cheguei a casa sem ar nos pulmões, seca de lágrimas para chorar, a controlar uma vontade súbita de vomitar.
como se isso fosse suficiente para expulsar os sentimentos e esperanças que senti traídos por um olhar indiferente, talvez até mesmo reprovador... por ver deitada por terra a única coisa que me mantinha a cabeça levantada nesta última semana - a ideia de uma amizade que, afinal, se esfumou não sei muito bem quando...
costumam chamar "nojo" ao período de luto, não é? então pode ser que o nojo que sinto neste momento sirva para ultrapassar este momento menos bom e fazer o damage control, salvar aquilo que ainda é salvável. e digerir a perda daquilo que acabou.

sei que este blog tem andado um bocado depressivo ultimamente. mas espero que seja um curto período e que fique de memória para reler quando calhar e daí tirar alguma lição.

já tive semanas melhores

e melhores semanas virão...

It isn't very difficult to see why
You are the way you are
Doesn't take a genius to realise
That sometimes life is hard
It's gonna take time
But you'll just have to wait
You're gonna be fine
But in the meantime

Come over here lady
Let me wipe your tears away
Come a little nearer baby
Coz you'll heal over
Heal over
Heal over someday

And I don't wanna hear you tell yourself
That these feelings are in the past
You know it doesn't mean they're off the shelf
Because pain's built to last
Everybody sails alone
But we can travel side by side
Even if you fail
You know that no one really minds
Come over here lady

Don't hold on but don't let go
I know it's so hard
You've got to try to trust yourself
I know it's so hard, so hard

Come over here lady
Let me wipe your tears away
Come a little nearer baby
Coz you'll heal over, heal over, heal over someday

Heal Over - KT Tunstall

sem título

sempre me gabei - até porque foi assim que me educaram - de ser uma pessoa justa. sindicalista até.
e de, por muito que me custasse, assumir as consequências dos meus actos. e às vezes bem que custa.
mas desta vez não me sinto preparada...
já dei voltas e mais voltas à cabeça, já estou cansada de tanto pensar sem chegar a nenhuma conclusão!
não sei porque continuo a cair no mesmo erro, correndo o risco de me magoar e de magoar pessoas que me estão tão próximas...
tenho medo do que isso possa significar...
tenho medo de assumir o meu erro...
tenho medo das consequências...

não há por aí uma caverna para eu hibernar?

a minha vida não dava um filme

porque não tem fórmulas mágicas, soluções milagrosas nem relações perfeitas com finais cor-de-rosa.

call me Freckles

não consigo queixar-me.
apesar de ter trabalhado como uma moura hoje, saí às 16:00 e estive na praia até às 18:30.
é oficial: estou morena.

vamos lá fazer as contas

6ª feira:
20:00 - finos no piolho
22:00 - jantar em casa com a malta
00:00 - cerveja lá em casa com mais malta
02:00 - finos no piolho e conversa com ainda mais malta

sábado:
12:00 - praia, revistas cor-de-rosa e conversa da treta
15:00 - banho e salada
17:00 - jazz na relva em serralves
19:45 - lanches mistos e jogo da bola

por acaso até estou a fazer o turno da noite no hospital, mas este fim-de-semana já me parece mais do que rentabilizado! cansaço bom...

eu juro

que li ontem numa revista como conquistar o Rodrigo Santoro.
mas já não me lembro...

a insustentável leveza do trabalho

basta dar umas voltinhas por meia de dúzia de blogs de pessoas da minha geração para perceber a preocupação crescente no que diz respeito ao mercado de trabalho.
definitivamente fomos privilegiados relativamente aos nossos pais no que diz respeito a liberdade de expressão, acesso à cultura e ao ensino, e globalização.
mas de que é que isso nos serve se não temos condições para colher os frutos dessa melhoria?
o ensino superior está sobrelotado, o mercado de trabalho para os graduados também.
temos uma percentagem assustadora de "crânios" portugueses a deitarem cartas na investigação científica no estrangeiro! e mesmo a esses não lhes é dada a segurança profissional que merecem...
tenho sempre medo de falar destes assuntos porque tenho de confessar que nunca me envolvi muito na política nacional e só agora que começo a sentir as consequências na pele é que começo a prestar atenção.
revolta-me saber que trabalho há 3 anos para a mesma instituição e que nesse período de tempo tive um aumento de cerca de 20€, correspondente ao aumento da função pública, o mesmo que recebe qualquer macaco independentemente da sua performance profissional... mais vale andar a encher chouriços! e a avaliação de desempenho é uma anedota...
isto já para não falar da grande parte dos meus amigos, que trabalham a recibos verdes, recebem uma ninharia sem qualquer espécie de regalia. e o estado ainda compactua com esta merda, aceitando prolongar esta situação ILEGAL, passando a mão pelo pêlo dos empregadores e dizendo "vá, já que estão a chular os meninos, pelo menos paguem-lhes uma parte dos impostos"...

a grande questão agora é: e nós, o que vamos fazer em relação a isso?
hoje há uma manifestação em lisboa contra as aberrações contratuais que têm sido feitas aos enfermeiros. eu infelizmente não pude ir porque vou fazer um turno duplo, mas até imagino qual vai ser a taxa de adesão...
trabalhadores precários, UNAMO-NOS!!!

eu vou

não sei quando, não sei com que dinheiro.

mas NY que me aguarde!

sol, samba e futebol

quando estive no rio de janeiro uma das maiores diferenças que detectei entre nós e os cariocas foi a postura perante a vida.

os cariocas podem não ter um tostão furado, nem emprego nem pão para alimentar a família, mas enquanto houver sol, samba e futebol encaram a vida de sorriso nas trombas.

já o belo português queixa-se noite e dia que tudo está mais caro (que é verdade), que só os salários não aumentam (o que também é verdade) e que a economia e política nacionais estão pelas ruas da amargura (grande verdade sim senhora!). mas quando chega a altura de arregaçar as mangas e agir, é ver-nos a todos a dar o discreto passinho atrás...

mas uma qualidade ninguém nos tira - a capacidade de nos rirmos da nossa própria desgraça.

pode acontecer-nos tudo e mais um par de botas, se causar uma boa gargalhada é ver o pessoal a partilhar os seus embarrassing moments...

e às tantas já parece uma cena ao despique "ai a mim já me aconteceu muito pior, ouçam lá isto..."

por mim falo, que já várias vezes fiz o papel da pateta alegre a contar as minhas desgraças, aliás as minhas histórias inverosímeis já são mais conhecidas que o tremoço...

tudo isto a propósito das sábias palavras da Rita Blanco no Nuno & Nando na Antena 3 ontem (quando houver podcast disponível ponho aqui o link).