21.1.12

a dureza das sextas à noite

ontem dei de caras com a pessoa que, voluntaria ou involuntariamente, deu origem à série de eventos que culminaram no fim da minha relação com o don juan. não a via há quase um ano e meio. quando a vi entrar no bar o meu coração parou - para mim aquela pessoa tinha deixado de existir, mas não, ela existe e tem um namorado que (pois claro) é amigo dos amigos com quem eu estava.
vi-a sorrir a todos e quando pôs os olhos em mim o olhar dela congelou. não consegui perceber se de pânico se de constrangimento. deu-me um "olá" tímido e eu fiz uma coisa que nunca tinha feito: olhei-a nos olhos, fixamente, e não respondi. dez segundos depois já ela marchava para a outra ponta do bar e eu bebia um fino quase de golada, que uma gaja não é de ferro.
eu sei que a culpa de a nossa relação não ter resultado não é dela, é nossa. e espero nunca ter de engolir estas palavras. mas foda-se: com tanto gajo no mundo ela tinha de ir cobiçar o meu?