14.9.11

e quem esquece um grande amor de um dia para o outro é um ovo podre

"Deixa-o ir. Vá, deixa-o ir. Ele está a resolver as coisas com a… Qual era mesmo o nome dela. Isso, tu sabes. 
Aliás, ela consegue preencher muito melhor aquilo que ele precisa. É estúpida. Eles funcionam bem juntos, são os dois estúpidos. Não dão valor a nada, e honestamente nem consegues encontrar uma frase poética que defina aquelas vidas. Não precisas de um rapaz assim. Sai, conhece outra pessoa qualquer. Alguém que admire essas coisas estranhas que tu gostas, um que dê valor aos sentimentalismos e às fantasias desse género. 
Mas depois não sei como me sentir de outra maneira. 
Quando ele entra na sala, quando o vejo, oiço o riso. Apenas acontece. Fico com um género de descompensação no centro do peito, como uma mudança drástica no ritmo das batidas de um tambor. Overdrive. E fecho os olhos e rezo para que de qualquer maneira consiga voltar atrás no tempo e consiga emendar tudo que fiz. Trazer-nos de volta à estaca zero. Antes de eu ter fodido tudo, por todas aquelas vezes. Depois abro-os, e vejo-o extremamente feliz. Idiota. Não há luxo maior do que escolher de quem gostamos. Aqueles que amamos acabam sempre por ficar presos a nós. Não importa minimamente o quanto eles arruinaram com tudo, ou eu. Não importa de qualquer maneira. Porque ainda dou valor e enquanto assim for, isto vai continuar a acontecer.
 “A mordidela de um cão, cura-se com a lambidela de outro...”
I know. Fuck."


by Miss Murder in Singularidades de uma Ruiva

1 comentário:

PERSEVERÂNÇA disse...

Nossa, eu concordo e assino com o OVO PODRE.